sexta-feira, 12 de novembro de 2010

                                                                

                                     Pão, Pano e Pancada



As pessoas não sabem se devem ter uma vida ou uma carreira. A sociedade clama por novas posturas.


Parece que no século XXI, ter um trabalho vai, SIM significar ter uma vida, pois cada vez os dois fundem-se,num mundo onde tornou-se tão importante a profissão quanto já foi em outros tempos o sobrenome.


No passado, a história da família era uma espécie de garantia de qualidade, hoje isso acabou, cada um tem sua história que será avaliada pelo crivo das realizações pessoais e profissionais, as empresas em que trabalhou, serviços e idéias desenvolvidas e as instituições onde se estudou.


Pensando nisso... já repararam como algumas pessoas juntam seus nome ao nome da empresa em que trabalham?Fulano da XEROX, Cicrano da COCA -COCA, assim, cresce a responsabilidade da empresa com a formação e manutenção de sua identidade e a identidade de seus colaboradores.


A perda de valores e de líderes criou pessoas sem rumo e sem crenças, isoladas e desconfiadas; Dentro das corporações é que se poderá dar alguma ordem neste caos....Como?


Aceitando a responsabilidade de gerir pessoas em seu desenvolvimento integral: mental, emocional, físico, social e espiritual.


A aceitação desta responsabilidade começa pelo reconhecimento de cada uma destas facetas humanas e continua pela criação de políticas internas que instrumentalizem este processo contínuo de auto- desenvolvimento, auto-gerenciamento e auto- conhecimento, indispensáveis para o crescimento do colaborador da corporação e da sociedade.


Os profissionais de corporações e os prestadores de serviço venderam barato suas almas e agora estão na busca desesperada de resgatá-la.


Empresas baseadas nos "os 3 Ps": pão, pano e pancada adoeceram a si próprias, seus colaboradores e a sociedade, acreditando que ao dar condições para a vida mínima e muitas regras á seguir conseguiriam produção e respeito.


Conseguiram alguma produção e nada de respeito, só muito medo de perder o pão e o pano....e pessoas adaptadas á pancada e prontas para revidar, em colegas, superiores, subordinados e ,o pior, em clientes!


Clientes acessam hoje uma gama tão variada de serviços e produtos, que somente o intangível (atendimento, comprometimento e empatia, para citar alguns) pode ser reconhecido como real força de mercado.


Advogados que advogam, médicos que clinicam e fabricantes que fabricam ficaram no século passado, hoje é preciso relacionar-se ,integrar-se, fazer parte de grupos, fundações, ter aliados, parceiros e sonhos!


Viver este momento da história é uma responsabilidade e um desafio, devemos desenvolver força para mudar a nós e a sociedade, buscar conhecimento e expertice, evitar o trabalho isolado e desenvolver grupos de excelência.


Sabemos que temos inimigos poderosos: a ganância o lucro fácil e a exploração da mão de obra barata, porém temos armas infalíveis: a necessidade da humanidade de ser reconhecida como espírito, indivíduo e parte de um todo e o imenso incômodo que está no ar.