É freqüente atender em meu consultório pessoas que sofrem muito com ansiedade, descrevem um grande desassossego, tremores, pernas que nunca relaxam, ombros sempre elevados, gagueira, sudorese, crises de pânico, insônia, episódios de comer compulsivo e de anorexia.
A ansiedade é uma realidade que todo indivíduo enfrenta, mas o grau do prejuízo causado é o que define se ela é grave.
Podemos considerar que o caso é preocupante quando as tarefas cotidianas e as relações são comprometidas, este é o momento de interceder analíticamente.
No processo analítico investigamos as causas do desconforto e pude perceber que boa porcentagem dos pacientes apresentam uma grande ilusão de controle, ou seja, uma idéia fantasiosa de que podem definir situações de suas vidas que fogem do manejo humano.
Avaliar o nosso real controle das situações é uma maneira eficaz de minimizar o mal da ansiedade, trocando em miúdos: não é humano controlar o trânsito, as horas, o futuro, as atitudes negativas das pessoas!
Sofrer por coisas assim, não ajuda a mudá-las, apenas aumenta as conseqüências da existência de momentos desagradáveis.